Direção: Lee Unkrich
Roteiro: Michael Arndt
Estranhamente minha primeira crítica é sobre uma continuação, mas não me arrependerei, muito devido a excelência dessa continuação e também pelo fato de ter sido a mais recente obra que vi.
Não é de hoje que a Pixar vem fazendo estardalhaço com obras de extremo esmero, mas isso teve início em 1995 com Toy Story, então maravilhosamente dirigido por John Lasseter, no qual ele nos apresenta personagens que são símbolos da cultura desenvolvida através do último século nos EUA, o cowboy e o astronauta, e a partir dessa apresentação mergulhamos e nos emocionamos com as aventuras desses personagens como se voltássemos a ser crianças e estamos aqui no derradeiro encontro com figuras tão indeléveis dentro de nós que se emocionar torna-se quase uma obrigação.
A história começa uns bons anos depois da parte dois, que nos deu uma deixa para o cenário que encontraríamos nesse episódio, Andy cresceu e vai pra faculdade e os brinquedos não tem a mesma utilidade que tiveram para ele por tanto tempo, muito embora Andy mostre grande relutância em se separar completamente deles, por acidente eles vão parar numa creche doados por engano a partir daí Woody parte em uma busca que nem mesmo ele tem muita certeza, a volta para seu dono Andy. Nessa jornada vemos demonstrações primorosas de amizade e companheirismo e que cada pessoa tem seu tempo e lugar, até mesmo nos momentos mais tensos e apocalípticos, sério, quando não há mais esperanças surge o elo da amizade frente ao inevitável. Esta obra de arte nos leva a uma montanha russa, os trilhos levam-nos a picos de terror, saudosismo e gargalhadas com o papel fundamental de nos lembrar que parte de nós nunca deixará de ser uma criança e o faz com maestria.