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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rope (festim diabólico)





Escrevo hoje sobre o trabalho de um dos maiores e geniais diretores de todos os tempos: Alfred Hitchcock. Este que foi um dos mais brilhantes visionários, pois começou com o cinema mudo, evoluiu rapidamente ao cinema falado e transcendeu para o cinema colorido com sutileza e maestria. Mestre do suspense e acima disso mestre da sétima arte, falarei agora de Rope, mas poderia falar de outra dúzia de filmes espetaculares de sua filmografia com mais de 80 filmes. A história começa com o estragulamento de um jovem por dois outros igualmente jovens com uma corda  ( daí o nome original e não o pavoroso nome em português). Esses jovens matam apenas para saber qual a sensação desse ato e para deixar mais macabro colocam o corpo num baú e o fazem de mesa de aperitivos para a festa que se vem a seguir. Um dos convidados é o ex-professor deles (interpretado pelo excelente James Stewart) e nos tempos de escola o professor os apresentou a ideia do superhomem de Nietzsche que foi o que levou a experimentação extrema dos dois criminosos. Umas das coisas fantásticas do filme é que ele é rodado num único take ( ou ao menos para nós deve se ter essa sensação, já que os rolos dos filmes gravavam apenas 20 minutos seguidos e os cortes eram feitos em closes nas roupas das pessoas) além do timing dos atores com os movimentos lindos da câmera, sem contar o suspense ao longo de todo o filme para se saber seu desfecho. Um filme para se assistir e não se esquecer jamais, quem senão Hitchcock para nos proporcionar uma obra de arte tão imortal.