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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Além da vida (Atenção Spoilers)

            Sou Ateu, antes de qualquer coisa preciso dizer isso, não creio no deus pintado por quaisquer religiões e acho que o papel delas tem feito muito mais mla do que bem à sociedade no decorrer da história da humanidade. Dito isso vou falar sobre Além da vida com a imensa surpresa que tive, pois não preciso ser religioso para me arrepiar com "Jesus alegria dos homens" de Bach ou para admirar com O evangelho segundo São Mateus de Pasolini, pois bem fui ao filme pelo imenso respeito que tenho nutrido pelo octagenário Clint que nos oferece uma obra melhor que a outra desde Sobre meninos e lobos (no original mistic river).
            Nesse novo exemplar Clint nos brinda com um inicio avassalador, o Tsunami que matou mais de 800 mil pessoas, e que quase matou outras tantas entre essas está Marie (Cecile de France) que ao ficar submersa tem uma visão que poderia ser uma alucinação ou uma visão de quase morte, não importa qual das duas pois isso muda totalmente a vida e maneira de pensar de Cecile que parte em busca de respostas, da França para a Inglaterra conhecemos Marcus e Jason (George e Frankie Mcllaren que ao contrario dos gêmeos de a Rede social são realmente gêmeos) irmão gêmeos realmente conectados e amigos que fazem de tudo para livrar a mãe das drogas e dos assistentes sociais, mas um acidente de carro rompe esse link com a morte de Jason, Marcus personifica seu irmão de maneira singela ao usar o boné do irmão em todo canto Marcus busca respostas em todas as religiões para o que ocorreu com seu irmão e pra onde ele possa ter ido sem achar nada satisfatório.
           Então somos apresentados a George (Matt Damon) um ex-vidente que mostra genuinamente ter poderes extrasensoriais ao conversar com pessoas num possível além, contudo George cansou-se de usar seu poder por considerá-lo uma maldição, em uma cena em particular ele faz uma sessão com Melanie (Bryce D Howard) a contragosto por estar gostando desta e diz que saber demais de uma pessoa pode afugentá-la e é exatamente o que acontece nos elucidando o que ele quis dizer ao referir-se como maldição a um dom tão poderoso.
           No caminho do filme os três personagens se cruzam de maneira suave e sem forçar a barra já que dois estão em busca de respostas sobre a morte e um por conhecer a morte busca relacionamentos com os vivos, numa construção belíssima, há momentos extremamente poéticos e o que me fez desabar é quando George cede ao pedido de Marcus em contatar seu irmão e quando o faz me senti personificado em Marcus (sem trocadilhos), pois ao acompanhar a sofrida historia desse garoto e as respostas que buscava quando este encontra e pede para que o irmão não se vá novamente me emocionou como Frank T.J. ( o personagem de Tom Cruise) pedindo que seu pai não morresse no magnífico Magnólia. O que Clint consegue comigo é me fazer mergulhar nas histórias contadas por ele e viver o drama de seus personagens assim como chorei copiosamente ao assistir Menina de ouro, e conseguir isso já é um feito e tanto mas muito particular que pode não afetar a qualquer um como a mim. Me fez redimensionar a ideia da perda e da dor provocada por ela, e digo isso com um fato real de um de meus melhores amigos que me questionou sobre o além vida e eu disse que tal coisa não existe, contudo o ângulo de visão dele é o da perda de uma mãe e o meu o de um cético que não perdeu sua mãe ainda, posso não aceitar essa visão dele como verdadeira, mas hoje, ao contrário do que eu disse a ele antes, compreendo por que ele crê nesse além vida, pois é um suporte para seguir em frente sabendo que a história de sua amada mãe não tenha acabado com a morte do corpo físico e ter esse compreensão assistindo a um filme é monumental.
              Ao fim do filme George marca um encontro com Marie e ao encontrá-la tem uma visão futura do primeiro beijo deles, quando vai cumprimentar a moça com um aperto de mão não tem nenhum link com o mundo espiritual como acontecia com o restante das pessoas, assim como Sookie que não lê os pensamentos de seu amado Bill sendo ele então único para ela na série True blood. Tudo isso acontece de maneira soberbamente simples e com um apuro visual belo e poderoso que somente os grandes cineastas são capazes de proporcionar.

5 comentários:

  1. Olá!!!
    Tudo bem?
    estou passando para dar uma bisbilhotada.
    Você assistiu " A ilha do medo." ?

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  2. Oi Regis!
    Realmente não tem como não se emocionar neste filme. Tendo ou não vivido algo parecido. Mas neste momento, nestas linhas a unica coisa que sei dizer...Como é bom assistir um bom filme...com um bom amigo!
    ABÇS...

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  3. me emocionei com o filme tbm, e tbm assisti com bons amigos!!! beijos

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  4. Eaê Cadelo!!!!

    Cara, DETESTEI esse filme. Evangélico ou não... Sei lá, muito mal elaborado a questão de países diferente e de repente lá estão eles se encontrando. Sei lá... Curti naum. Acho que como o Clint está pra ir "Além da Vida" os últimos filmes dele sempre tem o quesito morte. Ficou meio Chico Xavier americanizado... Ou francês... ou Inglês rsrsrsrsrs.
    Abçs seu doido!!!

    Ah, quero, por gentileza, um comentário sobre Biutiful.

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  5. http://www.cinemaemcena.com.br/pv/BlogPablo/page/Curso-de-Teoria-Linguagem-e-Critica-Cinematografica-em-Sao-Paulo.aspx

    Eh um curso de teoria e linguagem critica, jah vi alguns videos e achei bem interessante, gostaria de fazer mas o horario eh ruim pra mim, mas quem sabe pode ser bom pra vc.

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